06/11/2010

Filmes, verdades e o fim da raposa

Ando meio que me apaixonando pela idéia de paixão.
Percebi isso pelos filmes que vi nos últimos tempos, pelas músicas que coloco na minha playlist...e outras coisas que realmente não interessa colocar aqui.

O fato é que me lembrei de um filme liiindo quando assisti outro filme liiindo!
O primeiro é "Antes do Amanhecer". Sabe aquele filme que passa pela tua vida e por qualquer razão ele volta à mente? Então...esse funciona assim pra mim. É a história de um casal que se conhece num trem e resolve saltar em Viena para passar a noite vagando pela cidade e conversando sobre os mais variados assuntos! Tudo acontece numa atmosfera de romance. Um filme leve, porém profundo.

O outro filme é nacional, o primeiro longa metragem filmado por formandos da PUC de São Paulo do Rio (obrigada pela correção, CJ!). No elenco estão Érica Mader e Gregório Duvivier. Chama-se "Apenas o Fim". Ela decide fugir da cidade e ele tem uma hora pra tentar convencê-la a ficar. É um encontro triste, já que se trata do fim de uma relação, mas é tratado como um momento de reflexão...cheio de bom humor e tiradas inteligentes.

Ambos falam sobre a vida, os medos, o amor, as expectativas que criamos...tudo de forma filosófica, verdadeira.
Fiquei pensando em como é bom poder falar a verdade sobre o que pensamos. E pensar nisso me levou a questionar... por que será que não somos verdadeiros o tempo todo? É tão mais legal! Tão mais confortável! Mentir dá um trabalho danado! Fora o fato de ser totalmente desnecessário!


Dizer a verdade te desobriga de fingir o que quer que seja! Dizer o que pensa é como transferir pro outro a responsabilidade do que sentir sobre o que foi dito! É como se fosse algo assim: "Eu falei a verdade, o que você vai sentir com a relação a ela é problema seu!" L-I-B-E-R-D-A-D-E! Melhor ainda: dizer a verdade é você acreditar que a outra pessoa é capaz de entender a situação! É recusar a superproteção! É um voto de confiança! É tratar o outro como igual! Enfim...é a melhor prova de amor que alguém pode dar!


Se desresponsabilizar pelos sentimentos do outro é uma faca de dois gumes, agindo assim você desresponsabiliza o outro de tudo que você sente também... Aí é onde a raposa do Pequeno Príncipe entra de férias...ou melhor, aposenta de vez! É o fim da raposa! Não seremos mais responsáveis por aquilo que cativamos... OPS! Será que vale o esforço?


Esse trecho que coloco aqui ("Antes do Amanhecer") é o momento em que eles falam sobre o que pensam um do outro. As impressões que tiveram e o que sentiram.
O que mais gostei foi do recurso utilizado! Menina criativa essa, não? Deve ter feito terapia!

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2 comentários:

Anônimo disse...

acho o 'pôr-do-sol' mais a minha cara, talvez pelas idades dos protagonistas e por suas histórias, seus receios, os rumos tomados... porém, adoro, de paixão, os dois...

já o outro, senão me engano, minha amiga, é da 'pontifícia' do rio... mas, pra variar, posso estar falando merda :D

Renata Galvão disse...

Realmente...o "pôr-do-sol" é mais maduro mesmo...E adoro os dois!Acho que "Antes do amanhecer" tinha uma esperança juvenil muito bonita. E depois de uma certa idade a gente acaba caindo na real e vendo que a coisa não é bem assim!
Caramba! Vou consetar minha gafe! É da PUC do Rio mesmo!!!! Valeu!
bju, CJ!